É indiscutível que eu amo.
Mas amo a quem?
Aos outros, como a mim
mesmo. Jazeria no chão,
sem importância, se assim
não fosse. Cabe-me a mim
amar para ser amado.
Amar é dar importância é
elogiar a outra pessoa e é
reconhecer-lhe valor para
singrar na vida. Vida dura
penosa que nos calha em
«sorte».
Para amar é necessário
desprendermo-nos de
nós mesmos, caminhar-
mos solitários, até que
venha a sede de estar em
sã comunhão e vivência,
com os demais.
Ninguém perdura sem o
amor, que perpassa do
outro e a meio caminho,
nos alcança.
Amo as coisas como elas
são, sem lhes querer
alterar o sentido nem o
preceito original.
Jorge Humberto
02/12/10