Tu dizes-me, que aquela minha amiga... Aquela chata, embirrenta Que, a minha paciência, atormenta Que, porque passa a vida a matutar, De um modo, tal, que chega a irritar, Os meus dias violenta Pois, ela não pode ver-me descansar...
Aquela, irritante criatura Embirrenta... Que, contra tudo, conjura Uma intolerável presença Sempre, a botar a sua sentença...! Parece, até, ter o rei na barriga... E, nada, do que ela diga, está mal... Sempre, dando lições de moral! Uma presença tão cinzenta Verdadeiramente, embirrenta!!!
Perante, ela a minha alma exaspera
Eu nem sei, como há gente que a aguenta...
Tu dizes, que aquela minha amiga, Que, a minha paciência, fadiga Sempre, cumpriu a sua promessa E foi-se embora, assim, "nessa"...?
Pois, então, hoje é dia de festa...!!!
Espera... Espera... Põe a tua mão, aqui, na minha testa... É... Só pode ser do arejo da porcaria, deste casebre! Por sua via, eu sinto-me ardendo, em febre... E que calafrio, este, que eu senti...
Mas diz-me, lá, então: Tu tens, ou não, a visto, por aí?
NÃO???
Eu só posso estar doente...
Porque me sinto, eu, assim, de repente? E porque sinto, eu, este vazio...?