Num tempo de abandono
Até as árvores fenecem
Os ossos moídos estremecem
Ao cada cair de folha
Com medo da encolha
Aos andares de cada ano
Nos fios de cabelo
A neve já desliza
Parece que agiliza
O Outono afervorado
Pelo vento extasiado
Com a dança em novelos
De folhas mortas pelo chão
Aos meus olhos
Brotam molhos
Em forma de saudade
Dos teus olhos, leviandade
De um moído coração
Que estremece no pensar
Do teu sorriso maroto
Que vai de porto em porto
Em busca de um atiço
De um sentir corrediço
Que não te sabe sonhar.
Antónia Ruivohttp://porentrefiosdeneve.blogspot.com/
http://escritatrocada.blogspot.com/
Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...