Remando sem direção
Caminho inverso ao coração
Sopra o vento da solidão
Tempestade amarga da ilusão
A luz tornou-se escuridão
E a dor do que já foi compaixão
Era amor, mas não havia união
Hoje espuma da boca a corrosiva ambição
Saliva doentia escorre e cai ao chão
E onde o fruto nascia agora à morte estende a mão
Falta vontade, pisa-se no próprio pão
E o barco da felicidade cai no redemoinho de assombração
O vento da liberdade sem medo, venta em vão
Navegando sem desejo encontra-se a emoção
Do ultimo espúrio beijo, formou-se uma canção
Quando lembro e te vejo, bate forte a razão
Toda virtude que lhe entreguei hoje esta em outras mãos
Nunca aprendi a me render, que se renda o inimigo então
Sei o que devo defender, você ainda é o ouro em meu brasão...
C.H.A.F.