De repente, uma nuvem.
Dessas que vem do nada, talvez do cansaço
Quem sabe até, do desleixo próprio
Dessas que nos deixam à deriva
Perdidos num mar de impropérios e injúrias
Vagando nas trevas de si mesmo
Vez em quando doses amargas de vergonha
Uma autoflagelação emocional infinita
De repente, um Deck
Deck que antes brindávamos crescimento
Bebíamos doses de cumplicidade e discretos afagos
Deck de frases eternizadas em guardanapos
Deck de infâmias bem vindas e declarações ordinárias
O sal dos olhos se misturam com doces lembranças
Juntos se misturam com o picante da nuvem
Agora, algumas doses agridoce de derrota
Nesse Deck deserto e infeliz