A rotina do acordar dia após dia.
A repetição de todos os rituais dia após dia.
O mesmo acordar vezes sem conta, aquele mesmo que nos faz esquecer que somos, quem fomos, quem quisemos ser.
Caímos na armadilha dia após dia, juramos que tudo vai mudar, que vamos acordar e gritar quem somos.
Mas no dia seguinte... O mesmo acordar vezes sem conta, aquele mesmo que nos faz esquecer que somos, quem fomos, quem quisemos ser.
O ritual retoma, o rotineiro ritual aquele que sem conta fazemos, vezes sem conta o dia após dia.
"Acordamos" será que acordámos de facto? Ou continuaremos a dormir e o que acorda é o nosso automatizado corpo pelas rotinas do dia a dia? "O corpo é que paga quando a cabeça não tem juízo"... Ou quando não acorda.
A vida é vida é vida por uma razão, para ser vivida, para fugir a rotinas que adormecem o ser, que adormentam a alma, que atormentam a vida de quem na rotina cai. A vida que é vida, que é uma só, que não se repete como as estações, que não se renova como os meses do ano, a vida que é uma só por uma só e é somente uma!