Era jardim de uma cidade do interior
Apenas o reflexo do interior de mim
O sem fim da útima estrela
Morta irreal...
Primeiro aceno do Amor
Nos olhos perdidos de alguém na calçada
Na porta da casa amarela, naquela rua
Que a noite trazia...
Um atravessar do mundo,
Passo luz na saída do finito!
Minha gestação, o porão,
A canção que me levava...
Estalos das lembranças de criança!
Delírios e lágrimas nos olhos
Quando espiral lírica do inconsciente
Num instante de paixão!
Era também labirinto
Multiplicidade dos sentidos
Ocultos na saudade , na criação
As vezes miragens, passeios infinitos
Pelo mundo das lendas, das luas, dos sonhos...
Às vezes só o mar, a Menina e o Sertão...