Mastigo o hoje,
cuspindo os caroços
do ontem no rio
sem margem.
Tempo rei,
o amanhã é sugestão
anunciada, apelo
e existência
-ou será insistência?-
Minha ciência
se dá por vencida.
Vou roer os ossos
do ofício
e já que é assim
esse bíblico momento
que o sacrifício seja
santo.
Espero que os peixes
não bebam as palavras
que insistem em boiar
na superficíe do
meu vago olhar.
(pensar dói)
Que venha apenas
a denotação.
Lenita T.F
Ajusto-me a mim, não ao mundo.
Anaïs Nin