Vou separar águia do lamento
Imaginário do Real
Prefiro a sombra de um convento
Pois sei que não me fará mal
Pedi alegria e sucesso
Àquela estrela, durante o dia
Mas não sei se mereço
Esta minha alegria
Choro agora, delirante
Esperando o esmorecer
Morro agora, exultante
Esperando o meu morrer
Adeus, Adeus
Morte sem caminho
Foi Deus, foi Deus
Que me recebeu com carinho
Pelo momento
Pelo meu ser
O que faço, mais alento
Morro ao morrer
Vou destruir a sociedade
Vou desistir de viver
Vou sair da cidade
Vou deixar de te querer
Influenciarei a prosa
Matarei o arremesso
Comecei pelo fim
E acabei pelo começo
Perco as esperanças
Vou deixar de orar
Calarei as vinganças
E deixarei de te amar...
Pedro Carregal