Rosa do meu ventre
Violentamente retirada.
Deixaste-me à deriva
Sem nada.
Abandonado ao saber
Que estarás a murchar
E ninguém vai perceber
O nosso pecado
Viagem
Nessa vida iludida
Aventurada.
Pétalas de perfume
Espinhos de ciume
São vermelhos os calores
Do meu peito
Nestes versos
Encontro o brio
E vejo decerto
A fortuna.
Mas quando partir
Saberei que já morreste
Deixo então
Meus cabelos naufragados
Velarei
Na tua sepultura
Para orar à rosa
Da minha loucura!
Pedro Carregal