Hei de morrer com teu nome em mim!
No contorno dos braços, no falar do abraço
O teu nome molhado em minha pele carmim.
O teu ser no meu ser, o teu sorriso no meu cansaço!
Nos planos do destino, nas folhas do diário!
Eu me entrego a você, como a gaivota para o mar...
Nos barcos navegando ao pescar diário
A fome que matamos na capacidade de amar!
E, saciados pelo infinito desejo,
Sonâmbulos, concisos, tremulantes dos beijos
Hipnotizados pelas peles febris...
E eu, gaivota a voar pelos teus poros nus
Repouso meu carma no teu horizonte azul
E tombo adormecida pelo teu corpo de anis!
Para Roberto
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)