Porquê, que não sou como tu?
Pergunto ao espelho
Reluzente e velho
No esquecimento do quarto.
E vejo que a tristeza
Converte-se em beleza.
Mudei do luto
Para o branco astuto
Desse meu branco
A Alegria de ser quem eu sou
É que posso tocar
No sol, no luar
E agarrar no vento.
Quem sou
É o que respiro
E é o que respiro
Com vivacidade
Caminho na imaginação
Toco nos sentimentos com coração
Canto pela mesma felicidade
E partilho as rochas da força
Há palavras sob o meu azul
Derrubo os muros
Ao me revoltar com esses limites
Mas sei que o amor
Mesmo que provoque dor
Será um triunfo
Ao que sempre juro
E quero alcançar
Eu sei, rodear-me em beijos
Desejar desejos
E viver o que é sempre meu
Sou eu que procuro sorrisos
Longe de qualquer abismo
Longe do meu esmorecer.
Toco nas cores da floresta
Passeio às ondas que restam
Dou por mim por quem amou
Ai, é alegria de ser quem sou
Pedro Carregal