N a ausência da ação dos poderes públicos
A rmam-se e exploram as pessoas e comunidades
R éus confessos de toda sorte de iniquidades
C ooperam constrangidas a maioria das vezes
O nde circulam na farra farta das drogas
T ransitam impunes, propinam facilidades
R uas e vielas apertadas, trafegam jovens dependentes
A ndam senhores de feudos urbanos,
F ingem os políticos, escudam-se nos direitos humanos
I nda aproveitam-se dos sujos narcodólares
C omo alavanca para suas campanhas, narcovotos
O nde fica o direito humanitário dos reféns?
Acróstico, para refletirmos o quanto precisou chegar a situação do Rio de Janeiro, para alguma ação ser tomada, aí muita gente cronicamente omissa posa de herói e vai tentar capitalizar politicamente um grande drama social de nossas megalopolis.
Há muito tempo, a exclusão social e o abandono das comunidades carentes é decantada em prosa, verso, música e lembrada na caçada aos votos a cada 4 anos. Enquanto isso, no cotidiano, ficam expostos à exploração e ação da bandidagem: que posa como "protetor" e reina (pelo menos, até agora) sem qualquer ação do poder público, a não ser quando chegam ao asfalto fazendo o estrago que fizeram em SP e agora no RJ.
AjAraújo, o poeta humanista, escrito em 28 de novembro de 2010.