Ai, rosa em canela
Cravo, forma singela
Olhos que brilham assim
Tão perto de mim
Silêncio
Mas musica ao nosso passar
Silencio
Teu lugar
Morte,
Morte tenra de ciume
Viajada minha sorte
Assumes todos os queixumes
Escrevo
Escrevo a alvorada da manhã
Faço versos
De maçã
Letra de vento colorido
Tão sentido
Tão morrido
E rápida é a solidão
Forte acaba-se o coração
Fica-se preso à memória
À nossa vitória
Da simples glória
Trevo azul
De cinco folhas, lá no sul
Farto estará o singelo norte
Por aguardar nossa morte
Somos reflexos presos ao espelho meu
Luzes delirantes rodeando
As palavras
E os momentos
As páginas dessas dores
As letras dos amores...
Pedro Carregal