Que será esta sensação
De ruralidade em meu coração
De pregões e de emoções
De cânticos e de contradições?
Ai essas pedras de castelos
Feitas em terra tão lusa
Ao mar eu me ajoelho
Rezo a Deus e ao povo
Que me fadais de novo
O meu fado meu prometido.
Enquanto eu te rezava
Uma lágrima derramava
Perdendo o sentido dos beijos
Quando a fonte se tornou em sangue
O folclore que se levante
Para não sentir desgosto.
Com mil penas no rosto.
Ai, maldições da maré
Caminhando Maria e José
Gravando as patas na rocha
Levarei-te embora outro dia
E perdoarei a sacristia
Por um triunfo de amor.
Ai, levaste-me Nazaré
Perdi-me em tua maré
Deixo jurá, Longe do mal
Morrerei ,embora, outro dia
Ter encontrado alegria
Dentro deste Portugal
Navegando, empenhado
Marinheiro, amargurado
Rezava voltar a terra
Encontrou terras de Vera Cruz
Colhendo fé em Jesus
Povo meu, português.
Não matem meu folclore!
Não escondam o que é melhor!
Juntem o bem pelo bem!
E se morrerei em Guimarães
Deixai-de lá os meus bens
Entre as brumas de Portugal!
Pedro Carregal