Se te soubesses o quanto te amo,
saberias quantas primaveras,
nascem em teus olhos.
Que o vento é brisa suave,
tocando teus lábios,
poisando suas mãos no teu cabelo.
Se te soubesses o quanto te amo,
não perderias tempo com esperas,
e correrias para meus braços, cheia de graça.
Virias com mãos de ternura,
colhendo as minhas,
aconchegando-as em teu regaço.
Aprazíveis se tornariam as noites,
em que o temor é grito
e os gatos se perdem nas sombras.
Se tu soubesses o quanto te amo,
dirias do tempo o tempo,
em que não estamos abraçados.
No meu peito se rasgariam rios,
e florestas encantadas,
se abririam, aos teus mais secretos segredos.
E no mais discreto alvor,
deitarias teu rosto no meu colo,
para que te disse-se baixinho, que te amo.
Jorge Humberto
26/11/10