Porque me olhas
E me desfolhas
Como quem despe um malmequer
Para lá de quem quiser
Não saberei o meu lugar
Neste Ridículo de Amar.
Porque me recordas
Me achas, me abordas
Nas ruas, chamando o meu nome
E sempre te responde
A voz do vento e do mar
Neste Incrédulo Amar
Porque é que odeio
Se o Amor em ti semeio
E em mim, tu crias colónias
Palco e centro de todas as harmonias
Sabendo que juntos não podemos ficar
Neste Sofrimento de Amar
Porque é que não dizes que me amas
Se a ti próprio te enganas
E eu, chorando ao relento
Pedido que passe o tempo
Neste momento de abandonar
Neste Amar de te Amar
Pedro Carregal