Foi ali que me senti preso...
Na imensa Praça de S. Pedro dos meus verbos.
Eu tinha todo o espaço do mundo.
Podia correr e saltitar no espaço
Dançar e rodopiar no mesmo mas foi num rasgo de consciência
Não adulterada que percebi que não poderia fazer o mesmo com o tempo.
Esta quarta dimensão que nos põe tantos obstáculos à linguagem,
Há muito que já nos deu a entender que só tem uma direcção...para a frente.
O tempo nunca nos dá uma segunda hipótese,
Pois não há duas datas iguais
Exactamente com o mesmo milénio,
O mesmo ano,
Mês,
Dia
Hora
segundos e por aí adiante.
Mas nós sim, podemos dar-nos essa tal segunda hipótese,
Noutra data completamente distinta.
Para tal só teremos que mudar os nossos verbos
O comportamento da primeira pessoa dos nossos verbos e outros tantos pormenores.
Eu acredito que o erro é um direito que adquirimos à nascença,
e como tal temos mais é que usá-lo.
Não acredito que aprendamos só com eles,
Mas juntamente com o tempo que demoramos a cometer o mesmo erro.
1 ano?
2?
10?
Quantos forem precisos até que chegue o momento
Em que esse mesmo erro deixa de o ser porque simplesmente deixa de existir.
É aí, nesse espaço, nesse tempo que conhecemos algo que para mim ´
É o objectivo de uma vida, de duas, três, dependedo da nossa crença religiosa...
A Paz de Espírito..
Um sorriso escancarado na face simplesmente porque sim...
Porque se existe .... porque se tem espaço, porque se pode voltar
a fazer algo de uma maneira completamente diferente
Noutra altura, noutro tempo.
Porque existe sempre alguém à nossa volta,
Porque nos temos a nós próprios.
Nunca devíamos ter que chorar sobre os leites derramados
Mas sim pedir desculpa à vaca por ter "desperdiçado" algo que
Pela lei da natureza lhe pertencia.
E começar de novo.... as vezes que forem precisas