Ouço
O chilrear palpitante
De uma ave canora,
Que me adora,
Que me adora.
Sinto
O toque da relva,
No campo das margaridas.
Cheiro
Os frutos das árvores,
Coloridas de água,
Cravadas
Com as garras,
Da exímia solidão
Que apaziguam
O que vejo.
Porque ganhei novos olhos,
Olhos que observam,
E percebem.
Despedi-me das perdições,
Rendi-me aos corações,
E esperei,
Por encontrar de novo,
Um amigo distante,
Amizade mirabolante,
Sorriso delirante.
A poesia é a alma, a alma, somos nós, por conseguinte, nós somos poesia...
Imagem: olhares.com Autor: Daniel Pedrogam