Poemas : 

«« Paz ««

 

Num outro tempo qualquer
Procurei a paz num terreiro
Agreste o terreiro me ensinou
Que paz é um malmequer
Que sem perceber despontou
Num sorriso de mulher

A paz tentei alcançar
Procurei de lés a lés
Mas enquanto a vida mandar
Paz, terá sempre revés

Num outro tempo qualquer
A paz fugiu foi embora
Agora quando penso melhora
O sorriso me enche o rosto
Tenho paz, tenho gosto
De no agreste sofrear
Qualquer martírio ou desgosto
Que de revés pensa entrar

Um sorriso gravo com gosto
Num malmequer desfolhado
Enche o meu terreiro orvalhado
Por lágrimas de fino fio
Que revêem de fio a pavio
A paz que aparenta o meu rosto.

Antónia Ruivo





Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

 
Autor
Antónia Ruivo
 
Texto
Data
Leituras
770
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
4 pontos
4
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
quidam
Publicado: 25/11/2010 23:00  Atualizado: 25/11/2010 23:00
Colaborador
Usuário desde: 29/12/2006
Localidade: PORTIMÃO
Mensagens: 1354
 Re: «« Paz ««
Olá Antónia

"Que paz é um malmequer
Que sem perceber despontou
Num sorriso de mulher"

Quando fore desfolhar um malmequer não será para saber se bem ou mal me quer, mas para sentir nas suas pétalas o sorriso de mulher

Bjo


Enviado por Tópico
Miquéias
Publicado: 26/11/2010 14:19  Atualizado: 26/11/2010 14:19
Participativo
Usuário desde: 25/11/2010
Localidade: São Bernardo do Campo - SP
Mensagens: 35
 Re: «« Paz ««
Bom dia!

Texto esse maravilhoso, meus sinceros parabens.

Miquéias - novo por aqui, mas vim pra ficar rsrsrs