Habituei-me a ver o dia, através de um aquário
Na caixa translúcida pende a noticia, apática.
Não, as noticias não são apáticas
Sou eu que simplesmente fico estática
Ao pender da dor alheia, por vezes de soslaio
Um tremor inclina-se no meu olhar
A medo pede licença para entrar
Não, gritam os meu neurónios
Os trajes da menina viram demónios
Irei para a rua procurar
Aquela blusa eu quero comprar
A noticia rola sob o meu desdém
Quero lá saber se aquele alguém
Que foi agredido, se é filho ou mãe
Habituei-me a ver o mundo através de um aquário
Onde os peixes já não povoam o imaginário. Da nossa miseração.
Antónia Ruivo
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Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...