Cai a noite, de negrume é a
imensidão,
e as flores, inda abertas,
despertam meu coração.
Olho, como que pousada,
a lua emergente,
e o céu, indefinível clarão,
ilumina toda a gente.
Caem as estrelas sobre as
águas caladas,
e o rio acolhe, sem risco,
as pedrinhas estreladas.
Tudo isto a horizonte, que
a orla já calou,
misto de fantasia ou ilusão,
pedra que luzindo medrou.
Tudo o mais são sombras,
como que escoriando
as paredes, e à luz da lua,
castelos vão lembrando.
Adormecem as pessoas,
que a lua vai nua,
dormem bichos e pobres,
ao calhas na rua.
Jorge Humberto
23/11/10