Diversos são os fatores que alimentam nossa intolerância diária, mas, entendo que a principal delas é a baixa qualidade da educação, o aprendizado de cidadania, do viver em coletividade Cada ser como identidade diferenciada na busca de efetivação de seus direitos e deveres.
Falta-nos à sensibilidade do reconhecimento que somos sociedade multicultural, multirracial, multiétnica, somos um caldeirão social em busca de um melhor equilíbrio, e para isso parece que nos falta o essencial, o respeito às diferenças, o entender o outro como sujeito, como elo que delimita direitos e deveres para uma justa formação da corrente social, o entender o outro não como sujeito de transferência de medos, ódios e frustrações, porque o desrespeito ao outro gera todo tipo de violência, violência domestica, violência de gênero, violência na escola, no trânsito nas ruas, nossa relação social está minada de desrespeito, de ausência de valores.
Somos verdadeiros mercadores, capitalizamos nossa cultura, capitalizamos nossos sentimentos, capitalizamos a droga como principal alheamento da realidade insensível, injusta e corroída, capitalizamos a guerra, essa guerra fragmentada de nosso cotidiano e transformamos à violência em mercadoria, porque a violência praticada é bem vendida e a violência observada é mercadoria de compra por mera satisfação do lado sombrio que nos habita.
Transformamos à violência em imagem e nos alimentamos dessas imagens, filmes, jogos, noticiários, tornando a razão cega da razão, nutrindo nossa irracionalidade, esvaziando nossa capacidade de indignação, tornando-nos frios agentes e expectadores da violência banalizada que corre na velocidade das novas tecnologias, que dela se beneficiam e a cada dia a torna mais perversa, por conta de irrazoaveis razões que nos tornam cada vez mais um pouco desumanos.
Lufague.
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Das palavras, as mais simples. Das simples, a menor.” Winston Churchill