Eu sou a poetisa versátil
que escrevo ao ritmo do amor,
sou como uma rádio portátil:
cada estação de sua cor.
E dou tudo o que tenho
dentro do universal coração
e com a poesia me venho
e subo ao céu numa ilusão...
Sou aquela que escrevo
tudo o que na alma sinto,
e sei que há vida muito devo
e vou sair deste labirinto.
Sou livre, louca, irreverente
e sinto-me tão bem assim,
quem não gostar fique ausente
que eu está-se bem em mim.
Não sou uma intelectual,
mas também não sou inculta,
e tento manter-me actual
e se fugir à lei pago a multa...
Sou simples, pequena, feia
e deixo se alguém o recrimina,
pois só quero ser a candeia
que a alma escura ilumina.
Quero ser só uma cotovia
a cantarolar por todo o lado
e assim alegrar esta maria
e sentir meu ser amado.
Quero ser do povo genuíno,
destas gentes sem vaidade
e junto do regato cristalino
ser feliz na liberdade!
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