De mais a mais,
mais valia que a verdade não existisse.
Que tudo não passasse de um mar
de mentiras, fantasias e sonhos.
Já basta o fardo da vida!
Para que quero eu outro pesadelo?
Constrangida e aquém das expectativas,
sou morte lenta;
mensageira do mal mascarada de mulher.
De mais a mais,
mais valia que eu não existisse.
Que não passasse de pano tecido
com pecado, falsidade e loucura.
Não preciso mais da luz!
Não quero o Sol! Preciso odiar!
Sangrenta, sedenta de sangue e saudade
sou então sozinha, na verdade
da solidão que carrego, só por amar!
cdjsp