Inclemente, é o som da carícia que nas cercanias do corpo, é fina bruta... até abrupta... doída delícia em forma de sopro, cinzelada dose de lascívia a enformar os sentidos que acabam por se mostrar completamente desabridos. Enrola-se o ventre ao outro ventre, prensando a humidade natural dos gemidos e fremidos alindados por olhos e bocas vivas.
Um lençol incomoda e intervem entre. Rasga-se. Rasgou-se e flutuou até ao chão de tacos.
Continua o desespero de não se conseguir sentir tudo de uma vez, de cada vez. Implode tudo e, até explode.
Agarrados a braços e abraços veementes, a beijos e suspiros despidos, a impulsos destemidos, tremem os bamboleantes dedos com ar de flores tesas teimosas que não querem tombar. Pelo meio, guardam-se com todas as raízes, em pele aromada de raro desejo, os devaneios desviados, inflamados e sem norma que poisaram nas vontades.
Afluentes cheios influem no rubor quente da fricção.
Inclemente, é o poder da carícia que adentra o corpo e é ... qualquer coisa que se tenta descrever.
Valdevinoxis
(Reedição)
A boa convivência não é uma questão de tolerância.