Fim do Mundo, Fim do Mundo.
Que em poucos tu chegaste.
Para uns foste tudo.
Para outros, tardaste.
Fim do Mundo, Fim do Mundo.
Como uma canção de embalar.
Por uns foste o queixudo.
Louco, a chorar.
Acabaste com tudo
Sem te poderes matar.
Sendo tu, um sortudo.
Fim do Mundo em meu lugar.
Chuvas negras de felicidade.
Nesse teu bendito dia.
Fim do Mundo vieste tarde.
Mas despertaste alegria.
Fim do Mundo. Saudoso.
Pois mataste a sociedade
Do aspecto vistoso.
Concedeste-lhes a liberdade.
O Mundo, a sociedade.
Pode assim acabar.
Sem deixar saudade.
No que resta do seu lugar.
Pedro Carregal