Como eles sofrem
Coisa bela de se vê
Quanto da?
Você da mais, é seu
Como objeto com um grande valor de ganância
Que corre por todos os cantos, quem pega?
Eles, eles que sofrem num mar profundo, eles que sofrem amontoados num terreno sem fim
De solidão cercada de outros dele
Com outros a fora a gritar xingos de socorro
Sem saber o que dizer, são obrigados a falar uma língua que nem passou a conhecer a sua verdadeira
Que sua mãe ensina e se vai ao passar
Sem valor, mas estimativa a muitos que por eles se troca ouro
Ouro que machuca e inflama
Que bate e sangrenta por todo lado da fria senzala que todos se dividem na escuridão do se esconder, a por suas tradições a diante dos pobres inocentes que acabam de nascer num navio sem volta de chega
Um inflamo lugar de tortura súbita e horrível para quem nela pratica
Se vão sem olhar pro lado
Sem querer inferno sombrio, mais agradável que sangras as cordas que ali segura
Segura com garra, força sem ter, com foites assinalar em mim.
.Matavam seus filhos para se dar mama pro ouro que ali batia.
Inspirado no texto do "Castro Alves" – Navio Negreiro.