Pouso os dedos nas frias teclas
que obedecem sem tugir nem mugir
e as palavras então abrem alas
para deixar que poema emergir?...
Que seja um poema de amor puro
que saia daqui nesta noite fria
e nele meu coração se sinta seguro
e forte seja a veia que o cria...
Quero deslumbrar a minha alma
com as coisas que inda não sonhou
e quero-me embalar na paz e calma
que alguém no peito me depositou...
Quero pensar num futuro diferente
com a liberdade a fazer-me voar
num infinito de luz tão ardente
e toda eu feliz e a gargalhar...
Suspiro e peço tudo, tudo de bom
para mim e para todas as criaturas,
que sigamos atrás de melodioso som
e alegres de olhar lá nas alturas...
Que todos vivamos uma vida honesta
sem nada a esconder, tudo às claras,
e o dia-a-dia seja sempre uma festa
e os sonhos coloridos de belezas raras!
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