És magro por natureza,
Mas causas admiração.
És o cúmulo da magreza,
Em pequena proporção.
De tão magro que estás,
Quase que és transparente.
Nem sabes se alguém é capaz,
De conseguir ver-te de frente.
Se vestires muita roupa,
Ainda parece que és tu.
Mas se te vestires com pouca,
Nem se percebe se estás nu.
Quando olham para ti,
Até as crianças choram.
Há muita gente que ri,
E ainda há outros que coram.
Entre ti e um esqueleto,
A diferença é bem pouca.
Para pareceres um amuleto,
É só porem-te uma touca.
Mais magro não pode ser,
Porque senão ninguém te via.
Se alguém quisesse ler,
Até através de ti se lia.
Num dia de muito vento,
Houve uma vez que ouvi,
Sons como que de um lamento.
Era o vento a passar por ti.
zeninumi 28/8/2007
zeninumi.