Há um lugar aonde os olhos não vão…
Há!
Eu o vejo
Nele há um odor que o olfato não capta…
Há!
Eu o farejo
Lá, a textura é imperceptível ao tato…
Sim!
Eu a sinto
Nesse lugar não há nem o antes, nem o depois
Sim!
Eu o vivi, eu o viverei
Esse lugar não está em mapas…
Mas abriga o planeta!
Para ele não há rota…
Chego lá quando me perco:
Quando me perco do mundo,
Das pessoas,
De mim,
Do meu velho eu,
Do tudo que nunca fui,
Do que ainda serei…
Há esse lugar…
E,
A esse lugar,
Irei!
Como já fui algumas vezes
E nem sei por que voltei
Mas voltei…
Voltou um outro eu
De um outro lugar
Para onde,
Espero,
Retornarei…