Grafos e razões
Minha palavra é nada,
Oca, vaga, cerceada,
Destoante, desbotada,
Quando sem a cor da poesia.
Letras que são só sinais,
Rabiscos códigos vazios,
Inertes se não há emoção,
E se sozinhas,
Apenas grafia, sem razão.
Cada junção ou costura,
Entre idéias, complementos,
É torçal de ouro puro,
Tecido de versos e afetos,
Que une termos, fonemas,
Por um perene momento,
Por um rol de sentimentos.
Para no fim gestar poemas.
Escrevo de tantos lugares,
Da alma, do respirar,
De onde os olhos não chegam,
Trago traços para revelar,
Coisas do coração, pelos versos, falar.
Escrevo lá do coração,
Linha direta com o sentir,
De lá verbos pulsam, acelerados,
Querendo se por na estrada,
Prontos enfim para o porvir.
Letras, palavras que querem ser lidas,
Sentidas, interpretadas,
Apreciadas, traduzidas,
Degustadas, despidas,
Sorvidas e amadas.
Só assim achamos a própria razão.
[size=large]Citando:
A felicidade é branca... O amor tem matizes que nos fazem ver o infinito..
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O desejo de escrever persiste, por vezes em tons felizes, vibrantes cores, outras em tons pastéis. cor de pérola, mas o que importa é que não há r...