Como posso ser eu? Quando sou manipulado pela discórdia e pelo egoísmo dos menos alegres? Que loucuras têm as vitórias, as hastes das vagas memórias dos pensadores do meu crer? Que querer...
Sonho em criar contrapartida. Rebuscar saídas e viveres menos simples. Medos. De fugir e de ser achado. De morrer e de ser ressuscitado. É um pesadelo!
Amar alguém e em apelos, digo que não. Basta! Basta a ignorância dos saberes. Basta a negrura dos meus cabelos. Basta a beleza desse meu negro.
É amargura! Viver e andar à procura de fugir e de me enlouquecer.
É mentira. É fracasso. Criar o que prefira do que não faço. Criar mistério em meu redor.
Sou assim, despercebido. Roubo a todos os meus sentidos o meu eu. Roubo a todos a minha morte.
Depois perguntam-me simplesmente, em tom de superioridade e de medo, quem és? Mas quem sou eu para dizer quem eu sou?
Pedro Carregal