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Renegado

 
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Renegado

Em um ramo vejo um fruto pendurado
Mas fora do meu alcance, não consigo
Chegar a desfrutá-lo, pois fui rejeitado
E tampouco ser considerado um amigo

Talvez um dia nos estaremos lado a lado
Mesmo que for em um silencioso jazigo
Pois na vida nunca lhe tenho encontrado
E andando por estas estradas, prossigo

Se perguntarem por mim diga a verdade
Fale que de mim nunca sentiu saudade
E que eu sou um ébrio, bêbado e louco

Diga, que seu eu pedir um copo d’água
Vai me bater a porta, só por ter mágoa
E se morrer não sentirá nem um pouco.

jmd/Maringá, 17.11.10



verde

 
Autor
João Marino Delize
 
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