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REENCONTRO

 
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Gê Muniz

REENCONTRO

Tu vens como trem que chega cedo
Mas passa reto da parada da estação...
Tu ou me abraças ou me negas
Mas como te entregas às refregas sem reservas
De meus versos acesos...
Tu me recebes. De mãos entregues, soergues-me
Como a reconstruir um prédio paquiderme
Que minha derme cimentada,
Desenfreada, esfrega ao reverso da tua pele...
E tu, em carne, me encontras...
Contra a contra...
Cativada, perdes o senso do que me pedes...
E perdidos, ambos, revolvidos e resolvidos
Pela solidão nua de estarmos unidos
Olhamos a imensidão nas íris um do outro
Neste barco sem remos navegado em nós.
E vamos...
Soltos, em pós, aos debulhos e empuxos...
Pois há de nos achegar ao menos uma ilha...
Uma mísera ilha vazia há de nos aconchegar...
 
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GeMuniz
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Enviado por Tópico
acalenta
Publicado: 16/11/2010 20:44  Atualizado: 16/11/2010 20:44
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Usuário desde: 25/08/2010
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Mensagens: 5389
 Re: REENCONTRO
ola


mais um belo poema, gostei de ler.


abraço


Enviado por Tópico
Ledalge
Publicado: 16/11/2010 21:37  Atualizado: 16/11/2010 21:37
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Mensagens: 6868
 Re: REENCONTRO
Muito legal esse poema, Ge. O reencontro, com todos os ingredientes duma paixão.

Parabéns!


Enviado por Tópico
gil de olive
Publicado: 16/11/2010 22:04  Atualizado: 16/11/2010 22:04
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Mensagens: 4838
 Re: REENCONTRO
Excelente seu texto, caro poeta! Parabens! Merecidamente!


Enviado por Tópico
Avozita
Publicado: 16/11/2010 22:16  Atualizado: 16/11/2010 22:16
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 Re: REENCONTRO
Um encontro concretizado,
num belo poema guardado.

Já sabes amigo, que te leio com muito prazer.
Beijo
Antonieta


Enviado por Tópico
carolcarolina
Publicado: 16/11/2010 22:27  Atualizado: 16/11/2010 22:28
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Mensagens: 9299
 Re: REENCONTRO
Amigo Poeta
Gê!

Uma mísera ilha vazia há de nos aconchegar...
Mas se for para um reencontro, tanto faz o lugar poeta.
Lindo poema!
Bjo no coração
♫Carol


Enviado por Tópico
MargaridaRibeiro
Publicado: 21/11/2010 21:24  Atualizado: 21/11/2010 21:24
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 Re: REENCONTRO
Sem mais nada, se ao menos houver uma ilha vazia...haverá sol a regar o chão e as ondas afastar-se-ão devagarinho, num sinal às gaivotas para se passearem noutras costas.

São nós, de nós e de eus...quantas agulhas tecem das linhas mais proeminentes e finas o que não soluciona nem a ilha nem a passadeira, onde o semáforo verde não impede o carro de cair no colo de um corpo surpreendido.

Gostei do poema.