Enquanto me gritavas
Nessa noite, tão sombria
Fugi e pensei que estavas
Lá fora, na noite fria.
Os olhos teus tão azuis
Continuavam-me a julgar
Tal e qual como Deus quis
Como me fez errar.
Como me fez errar...
Nas minhas mãos o veneno
A arma do libertador
Sem medo, nem querendo
Encostei-a sem dor.
Chamou-me então alguém
Por trás daquela porta
Depois castiguei-me
Na hora da minha morte
Na gota de veneno...
Pedro Carregal