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Apetece-me escrever um poema político

 
Nesta praça não crescem figos
A autarquia é soberana
Leopoldo comigo nunca falou, nem dele sabia
Bronze obediente lá deixou
O Estado, o novo e o velho
A excepção, num cavalo, D. João
O Primeiro
Rei de Portugal pela graça de Deus, escreveu
E Deus com a mesma graça
Consente
Aos pombos, que nem votam, no arguto senhor obrar
São obras destas que me deixam imensamente triste
Pombos e pombas, aproveitem a inspiração e escolham a regra
A regra dos eleitos, esses todos e eles são muitos
Ser eleito é ego invejado ao espelho, eles são
Eles queimam o sim e o não
Sem sequer a frase acabar e o directo começar
Morrem valentes em combate, entre vielas de votos indecisos
Democraticamente precisos
Palco minuciosamente cuidado
Sempre faltaram votos à excepção
Sempre faltaram votos aos que fizeram de Portugal
Até à morte a sua última razão


«Antes teor que teorema, vê lá se além de poeta és tu poema»

Agostinho da Silva

 
Autor
bruno.filipe
 
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