Minhas lágrimas são como sangue, que correm pelo corpo espancado e ferido, que depois de jogado ao relento é esquecido por todos que o conheciam, e desaparece na sua insignificante forma de vida sem ninguém para socorrer, então ergo-me sozinha da poça de lágrimas que me afogam os sonhos de uma existência sem importância a outrem, e reagindo as árduas batalhas do dia a dia, recomeçar é tudo que me resta e novas lágrimas me regam a alma inundando-a numa correnteza de lágrimas íngreme e escaldante, e na tentativa de nadar contra a maré sinto-me desamparada, o guarda vidas dos meus dias não chega a tempo, e vencida assisto inerte o afogamento de minha alma.