Corro sobre as águas que inundam minha face
E na erosão que se abre em minha vida
Vejo com profundidade as horas que foram perdidas
E uma região inóspita que a ilusão deseja que eu passe.
Nas estradas desertas não há sentimentos,
Só um vácuo hediondo companheiro da morte,
Se a fantasia quer assim que eu me porte,
É porque tenho de conciliar meus passos ao sopro dos ventos.
A imensidão é uma tortura para o meu olhar
E na areia fina há um espesso compasso sem medida,
Minha sombra cambaleia na figuração consumida
À procura de um oásis para ainda poder sonhar...
Erguido consciente de uma inspiração colossal,
Pude saciar minha sede de um devaneio imortal!
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