...quando o correio chegava era uma festa. notícias novas de antigos amigos. algumas cartas vinham com o cheiro dos escritores. e aí se passavam dias e meses e até anos pra se ter novas cartas. sem telégrafo, sem telefone, sem internet, ficávamos muito humildemente receptíveis às oportunidades de conhecer novas pessoas, novas amizades, que, quando separados pelo destino,lhes escrevíamos textos simples e sinceros. hoje banalizamos o contato pessoas à pessoa e escolhemos, como num fim de feira tecnológico , as amizades seguras e piegas demais. trancamo-nos com uma critica medrosa à qualquer ameaça de aproximação do diferente, e mesmo assim, admiramos aqueles que, sozinhos,levaram ou levam, como uma cruz, os olhos na frente, do futuro cegado pelo medo comum.
,,,mas Deus gosta de ser assim também, na forma de Eu!