Sendo pobre, descuidado.
Passaste a vida inteira a sofrer.
Senhores grandes roubam-te a felicidade.
Roubam-te a pobreza do teu livre ser.
Quererei morto em desgraça.
Pobreza na tua pele, já gasta.
Rei foste,senhor de sentimento.
Davas e oferecias alegria.
Morres agora, sedento de teu costume.
Morres livremente em cada dia.
Livremente te escolheram, para viver.
Deus deu-te o Dom do ser.
Roubam-te a escolha da tua vida.
De viver feliz de pouca riqueza.
Rico quererias ser de altitude.
De tanto sentimento, agora farto.
Amas e seduzes a manhã
Odeias quem rouba a madrugada.
Livremente amas,
Com censura.
Odeias, já calado
Por quem te governa.
Pedro Carregal