CARTA À TODOS OS POETAS.
Caríssimos amigos, poetas, e amantes de literatura:
Venho hoje, nestas simplórias palavras, expor o quão importante foi para mim, ter um dia descoberto este espaço onde se troca os sentimentos com autênticas palavras da alma, e digo alma, porque para mim, quem escreve poesia, não o faz senão, com a própria alma.
Em tempos de múltiplas opções de coisas banais, onde uma criança, Já se vê seduzida por coisas que, são a face da verdadeira degeneração humana, (e não me atrevo a dizer que,) em tempos passados era diferente, eu apenas posso firmar juízo no tempo em que vivo, sinto, vejo, aprendo, desaprendo, enfim, se falo deste tempo é porque é a minha contemporaneidade. Mas como dizia; nestes tempos banais, somos uma parcela pequena, (pequena, mas não fraca) daqueles poucos, daqueles tais chamados ROMÂNTICOS, SONHADORES; somos, em bem da verdade, uma raça em extição. Para reforçar meu raciocínio, proponho que, quem assim não pensa, que vá a uma livraria, e faça a comparação dos títulos recentemente publicados, pesquise, veja quantos deles são obras poéticas; eu, garanto que, hão de ver a poesia sucumbida por esta literatura de fins monetários, e me refiro à aqueles títulos escritos com o único objetivo de ancorar mais cifras na conta bancária (como vender não sei o quê, como ganhar dinheiro fazendo isto ou aquilo, como ser feliz).
A nós não sobrou, senão, somente o amor por esta ARTE, sim, é o amor que temos pela poesia, que faz com que lutemos por ELA, e, digo luta, porque é isso que é, pois eu não conheço ninguém que tenha nascido sabendo fazer versos. Ora, o que temos é um espírito poético, ele sim já nasce conosco, mas precisa se desenvolver, precisa se desabrochar, e para falar a verdade, ele começa pequenino, e cresce a cada dia, como uma eterna caminhada, e podem ter certeza, ele nunca atinge o seu limite, isso porque não há limites;-quanto mais aprendo e me fadigo de aprender, vejo que há muito mais que aprender-.
AMIGOS, o que nos diferencia, é esse nosso sentimento autêntico, essa camaradagem, essa liberdade onde cada um fala o que quer. A mim isso me enche de gratidão, ver que, no mundo há seres como eu, -somos iguais, dentro das nossas diferenças-.
E para fechar este discurso, cito um mestre, que todo poeta deveria ler; ALBERTO CAEIRO.
"DA MAIS ALTA JANELA DA MINHA CASA,
COM UM LENÇO BRANCO DIGO ADEUS,
AOS MEUS VERSOS QUE PARTEM PARA A HUMANIDADE.
E NÃO ESTOU ALEGRE NEM TRISTE,
ESSE É O DESTINO DOS VERSOS.
“ESCREVI-OS E DEVO MOSTRÁ-LOS A TODOS.”
ALBERTO CAEIRO (O GUADADOR DE REBANHOS)
É com satisfação que posto essa carta, e aqui me despeço de todos e desejo felicidades a todos DO SITE.
ED SILVA - SP