Poemas -> Paixão : 

Mãe

 
Mãe, eu quis impedir-me de nascer,
Eu quis morrer em ti.
Não fui digno do teu ventre,
Mas tu salvaste-me, mãe!
Porquê? Tanta persistência...

E o sofrimento que te impus?
Compassivamente eram-te bênçãos
Pois fui o fruto do puro amor
Na concepção, e sei-o!

Mãe, eu adormeci e quando acordei
Era quase tarde demais,
Mas eu segurei-me, bem agarrado
Para não sair, para não resistir.

Pai, falo também de ti,
Olha acima a palavra concepção,
O amor não foi só de um.
Tanto e perdeu-se antes do parto.
(Como?)

Mãe, eu sou a tua jóia, aos teus olhos,
No entanto eu brilho do brilho dos teus
Porque eu nunca brilhei tanto e agora parei.
E sentes-me digno de todo esse amor...

Mãe, tanto que queria dar-te e não consigo.
Fico numa margem remota do retorno que merecias.
Mas tu, sentes esse ínfimo como infinito.
Porquê mãe?

24/08/2007<br />P.S. - Incluí-o nos poemas de paixão por ser essa a forma como escrevi este poema.
 
Autor
Hugo Cabelo
 
Texto
Data
Leituras
2648
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
2
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
ângelaLugo
Publicado: 27/08/2007 17:56  Atualizado: 27/08/2007 17:56
Colaborador
Usuário desde: 04/09/2006
Localidade: São Paulo - Brasil
Mensagens: 14852
 Re: Mãe p/ Hugo Cabelo
"Querido poeta

Li dentro de tuas linhas um
pouco de tristeza de incerteza
não sei bem o porque que senti
assim...Quanto ao poema tudo que
se escreve para uma mãe é sublime
demais para nosso coração...
Adorei

Beijinhos n'alma"