Respiro um pouco do teu ar.
Nos pulmões tua mensagem entra em meu sangue subindo-me ao cérebro.
E como se de droga se tratasse cria-me sensações.
Não! Falo para mim entregando-me aos relatórios de meu trabalho.
Mas não resisto a sentir um pouco mais desse cheiro teu.
Inebrio-me!
Fujo para longe a tentar adiar as sensações para mais tarde.
Consumo-me nos meus vícios habituais.
Encontrando-me com um café e devorando um cigarro.
Sento-me para continuar.
Mas imediatamente antes de olhar para minhas obrigações olho-te e vejo a passeares-te por mim.
Deleito-me.
Vejo em ti algo que não sei se vejo porquê existe ou se vejo por desejar ver.
E já não vale a pena fugir do encantamento.
Pois já estou encantado.