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Servo

 
Tags:  paixão    poeta    solidão    musa  
 
A solidão habita a alma do poeta
de modo tão insistente,
que ele consegue expulsá-la
apenas quando escreve

Mas até nesses raros momentos,
a única coisa que consegue é
descrever o quanto é servo
dessa estranha criatura

Que fala sem ter voz, disfarça-se
de qualquer musa por quem o pobre
infeliz imagina ter algum sentimento

Rouba-lhe a calma, resiste ao tempo...
E por quem este sempre se esquece,
já nasceu apaixonado perdidamente.


Rudá

 
Autor
José-Rudá
 
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Enviado por Tópico
anakosby
Publicado: 12/11/2010 03:24  Atualizado: 12/11/2010 03:24
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Usuário desde: 12/04/2010
Localidade: Torres
Mensagens: 1739
 Re: Servo
Esta amorosidade que não cala
que sempre sepulto em vala
comum.
Esta poesia que fala
à alma de todos e de nenhum
é uma tala que imobiliza
e também imortaliza
o sentimento
de sentir-mo-nos
apenas
um...


BELÍSSIMO POEMA. ACHO QUE SE O POETA CONCRETIZA O AMOR ACABA POR PARAR DE ESCREVER.


Enviado por Tópico
Karla Bardanza
Publicado: 12/11/2010 03:39  Atualizado: 12/11/2010 03:39
Colaborador
Usuário desde: 24/06/2007
Localidade:
Mensagens: 3263
 Re: Servo
Belo poema.

Beijo


Karla B


Enviado por Tópico
FatinhaMussato
Publicado: 13/11/2010 13:35  Atualizado: 13/11/2010 13:35
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Usuário desde: 17/11/2007
Localidade: Jales (SP / BR)
Mensagens: 2051
 Re: Servo p/ José-Rudá
Olá, Rudá, amigo poeta!

A solidão é a mais constante companhia do poeta, pois ele sente sua presença mesmo quando está em meio à multidão, e é esta presença que nos faz escrever...

Beijinhos,

Fatinha.