Rúbia subia contente e expectante ao mesmo tempo a rua onde tinha sido inaugurado um novo espaço o «à sorte», não confundir com, há sorte. Sim porque no espaço de bar com música ao vivo, havia uma coisa interessante, era dado um número às pessoas à entrada, às que iam sós e procuravam companhia. Quando a casa estava cheia era sorteado um número e essa pessoa levantavasse, a seguir era sorteado outro número e a pessoa levantavasse também e ia fazer par com a pessoa do outro número. Claro que só ficava com um número quem quisesse, mas quem aceitava o jogo, digamos, depois tinha que aceitar passar o resto da noite na companhia que lhe calhasse. Quem não quisesse participar ariscavasse a ficar só a noite toda. E aquele espaço era multicolor, ou seja, eram sorteados números para as pessoas heterossexuais e para as pessoas homossexuais. E por isso também as pessoas tinham que se respeitar e aceitar umas às outras.
Uma amiga da Rúbia estava agora muito feliz, pois tinha encontrado um homem excelente que lhe calhou ao acaso nesse bar, e ficaram apaixonados ao fim de algum tempo. Rúbia estava farta de estar só e resolveu entrar naquela cena ou tanto ao quanto arriscada e fora do comum. Mas como não tinha quer ficar ligada áquela pessoa que lhe calhasse depois de acabar a noite no bar, não havia problema, só tinha que lhe fazer companhia durante o tempo que estivesse no bar, que tinha que ser até às duas da manhã obrigatóriamente...
- Maria, vai dormir, que o teu mal é sono... Do que tu te lembras?...
- Tem calma tecla Y. Vou ficar por aqu, sim, mas vou voltar!
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