Sonetos : 

«« Arreios ««

 
Presa em elos corrediços que afinal rodopiam
Sob o olhar invejoso de um sonho que estagnou
Sem ter horizontes, sonhos quietos que obrigam
Ao encolher de ombros na hora que minguou

A mente está amorfa sem motores que obrigam
A palavra livre a seguir em frente, aferrou
As penas soltas que quase sempre vagueiam
Nos olhos arregalados da mente que declinou

Assim fico eu presa no que não entendo
Num queixume azedo que já cruzou os braços
E fica impávido, quem sabe esperando


Que a letargia se solte de embaraços
Que ao rodopiar os elos se corroam, vão roendo
A preguiça acomodada pela mingua dos arreios


Antónia RuivoOpen in new window

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Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

 
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Antónia Ruivo
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 11/11/2010 01:20  Atualizado: 11/11/2010 01:20
 Re: «« Arreios ««
Impecavel soneto! Muitos parabens! Beijos!

Enviado por Tópico
Liliana Jardim
Publicado: 11/11/2010 04:09  Atualizado: 11/11/2010 04:09
Usuário desde: 08/10/2007
Localidade: Caniço-Madeira
Mensagens: 4420
 Re: «« Arreios ««
Ola Alentejana

Gostei de te ler nesse teu soneto eximio.

Beijinhos
Tudo de bom para ti poetisa