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Reflexão sobre a Literatura pós Internet

 
Num misto de Crónica / Prosa poética / Sátira / Crítica / Ensaio e sei lá que mais, uma reflexão não aconselhável a pessoas que:
1 - Não apreciem textos longos – estão desculpados, por vezes acontece-me o mesmo;
2 - Não possuam disponibilidade de tempo – está bom, mas pode voltar e ler depois;
3 - Não gostam de literatura – neste ponto não os posso desculpar;
4 - Não vão com a minha cara – ok, eu próprio não gosto de mim, às vezes.

Para os que possam ler e comentar, o meu apreço!
Na verdade acho que é um assunto de interesse geral (embora com algum polémica) que procurei escrever num estilo que não magoasse ninguém!
Vejamos se as quatro horas dispendidas na criação deste texto se justificam!...
E vejamos se têm metade do prazer a lê-lo, daquele que eu tive ao escrevê-lo!...
Já seria excelente!
Obrigado!

10/11/2010, Abílio Henriques
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REFLEXÃO SOBRE A LITERATURA PÓS INTERNET


Há momentos em que me apetece desistir de escrever ou até mesmo de ler.
Já me aborreço facilmente, vezes demais!...
Deve ser a vida – a minha vida possivelmente – que se mantém em limos de letargia!
Mas como sei que o romantismo e as suas antíteses são ingredientes fundamentais da literatura, desvalorizo as minhas obsessões mais pessimistas.
No entanto, antes de o fazer, permitam-me divagar sobre esse mundo menos simpático, mas também importante…
Afinal somos apenas pobres semeadores de emoções avulsas, que juntamos palavras e lhes damos um pouco de visibilidade envergonhada em efémeros minutos na net!...

Ao lermos os grandes autores, sentimo-nos em suspenso na sua arte e no engenho com que expõem as ideias.
Alimentamos ali o real e o imaginário, de tal modo que, algo que possamos criar, mais não será que uma repetição de ideias e palavras – com muito menos qualidade literária, naturalmente!
Sim, não é nada fácil fazer melhor e já seria ótimo apresentar algo similar.

Mas os autores de hoje escrevem por outros motivos: Para se entreterem, para interagirem com outros, para desabafarem ou até como terapia contra as muitas maleitas que os afligem…
Na maioria dos casos não querem ser melhores que ninguém, nem sequer publicar a sua obra; muitas vezes nem sequer leram superficialmente mais que um ou dois autores de eleição e, se o fizeram, não conseguiram apreender todas as valências literárias dos seus textos.
Como escreveu Pessoa:”A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida”.

Pensando bem, a literatura da net pode mesmo ser um aborrecimento completo.
Abre-se um site e lá estão os mesmos autores, apresentando compulsivamente textos, quase sempre sobre os mesmos temas, a autoplagiar-se numa interminável sucessão de equívocos.
Sinceramente alguém acha que escrever incontáveis poemas o torna mais importante que outro que escreveu apenas umas dezenas?!
Por favor, saciem-nos em qualidade e não em quantidade!
Só para dar um exemplo, recordo o caso do poeta português Cesário Verde que apenas com uns 40 poemas conseguiu a imortalidade literária – embora tenha falecido com 31 anos e no mais completo anonimato (onde é que já vimos isto anteriormente?!).

Sim, a literatura moderna pode ser um aborrecimento!
E você e eu podemos estar a contribuir para o seu descrédito!...
Como é possível!?... Acompanhe este raciocínio:
- Não lendo autores consagrados, nem tentando beber na sua arte de escrever e de apresentar ideias;
- Não tentando chegar onde alguns deles não conseguiram – afinal a vida altera-se e mudam as maneiras de ser e de ver muitas questões;
- Não fidelizando alguns dos bons autores que vamos descobrindo na net, nem procurando criar afinidades literárias, nem promovendo e incentivando alguns dos seus trabalhos…

Eu, você e outros mais, podemos estar a passar ao lado de trabalhos de mérito, que se perdem nesta confusão de textos que nos entediam os sentidos!...
Acredito que nos dias de hoje um Pessoa, um Drummond ou um Neruda, podiam passar perfeitamente anónimos diante dos nossos olhos e nem nos dávamos conta.
Bastava para isso eles não nos visitassem, comentassem, nem elogiassem – quem quer saber de caras de pau que, entretidos no seu labor, não se dignam a contemplar as nossas obras de arte de ocasião, nem a deixar um beijo ou uma palavra de simpatia mais ou menos mecânica?!...
As consequências deste comportamento?...
Perderíamos alguns dos melhores trabalhos da literatura para sempre – e quem pode garantir que tal não está a acontecer neste preciso instante?!

Nunca será boa esta abundância, tal como não o está a ser no panorama económico mundial!
Está provado que não interessa viver em patamares acima das nossas possibilidades: Criam-se excessos e abrem-se expectativas que não têm hipóteses de virem a ser cumpridas e a queda é sempre fulminante e sem apelo.
Não tentemos dar a passada maior que a perna, nem arrisquemos aqueles sonhos utópicos. Quer o oito, quer o oitenta, não interessam à maioria das pessoas.
Existe uma crise mundial instalada e os países desprevenidos vão pagar uma factura alta demais.
A literatura – sobretudo a poesia, como elo mais apelativo desta – também vai pagar a sua!

Se eu merecesse crédito quais seriam os conselhos que dariam para trazer Luz às palavras?!... Vejamos:
- Primeiro que nada, leria autores consagrados e, depois de absorver alguns ensinamentos, tentaria trabalhar ideias que eles deixaram em aberto – sobram sempre novas ideias para quem é criativo;
- Depois, releria os meus textos antigos e procuraria aperfeiçoá-los e talvez fizesse a fusão com ideias similares que outros textos pudessem conter – se você é daqueles que acha que um poema nasce produto de uma qualquer momentânea inspiração divina e não deve ser mais alterado, perca essa convicção ou então nunca passará da cepa torta;
- Depois ainda, teria o cuidado de publicar apenas um ou dois textos por semana – se todos assim fizessem abria-se a possibilidade de ler mais trabalhos alheios, pois se publica dois, quatro ou dez por dia, eles na certa não vão ser lidos, nem comentados, a não ser que tenha algum contrato de exclusividade com alguém;
- Finalmente, escreveria um perfil o mais fiel e criativo possível, para quem o leia faça uma avaliação sensata da sua personalidade – a ficção deve ficar-se apenas pelos seus textos.

Bom, mas tudo isso era se eu merecesse algum crédito junto dos estimados autores/leitores!...
Levando em linha de conta que tal possa não acontecer, ignorem algumas polémicas que aqui foram levantadas e continuem a tomar o vosso adocicado chá diário que, podendo não curar doença alguma, mal também não vos fará certamente – afinal eu até nem gosto nada de polémicas, pois são quase sempre um factor de desagregação.
E você, se por acaso ficou magoado com algo que aqui foi dito, compreenda que não foi essa a minha intenção, mas sim alertá-lo para que, aqui ou ali, possa ir corrigindo algumas das suas imperfeições mais notórias.
Por mim, continuo aqui indeciso entre a vontade de ler, escrever e criar ou, simplesmente, desistir e mandar tudo às favas, no entanto sei que é apenas uma efémera fase desta minha periódica saturação – tipo tpm masculino.
Bolas!... As palavras não matam, mas maçam!

09 e 10.11.2010, Henricabilio


FRASE DO ANO:
Melhor que saber onde fica o ponto G
é conhecer todo o abecedário!
(AdolFo Dias)

 
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Henricabilio
 
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Enviado por Tópico
Ledalge
Publicado: 10/11/2010 18:39  Atualizado: 10/11/2010 18:39
Colaborador
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 Re: Reflexão sobre a Literatura pós Internet
Olá Abílio,

Li o texto com a máxima atenção e concordo com seu ponto de vista. Vou absorver o que há de melhor lá, pode ter certeza!

Abraço


Enviado por Tópico
belarose
Publicado: 10/11/2010 18:56  Atualizado: 10/11/2010 18:56
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 Re: Reflexão sobre a Literatura pós Internet
Nossa.kkkkkkk sinceramente não li td .Mas muito construtivo seu texto.bjs.




Enviado por Tópico
luciusantonius
Publicado: 10/11/2010 19:47  Atualizado: 10/11/2010 19:47
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 Re: Reflexão sobre a Literatura pós Internet
Amigo e poeta
Foi com prazer e atenção que li o seu texto, que até trás consigo uma boa dose de humor.
Antes de mais entendo que a palavra “polémica” nem tem, à partida, razão de ser. O amigo manifestou o seu ponto de vista sobre diversas “nuances” desta coisa que é escrever. Apenas direi que as considerações que faz são mais do que oportunas e por isso urgente tê-las em conta. Óbvio o meu acordo.
O meu abraço
Antonius


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 10/11/2010 20:12  Atualizado: 11/11/2010 11:12
 Re: Reflexão sobre a Literatura pós Internet
sou um ledor, mas sem exageros; e na net por incrível que possa parecer eu leio muito mais. não só os consagrados, mas também os que de per si consagram-se, estes, fantoches, e outros; havemos de ter tbm minutos de humor, 'né não'. sério, de verdade, não faço distinções, pois se; escapam-nos dos focos do olhar ideias e obras fantásticas. fico atento a essas mensagens, todas, principalmente as cotidianas, suas gírias, às vezes inelegível ao meu parco intelecto e de outros, pois não estou sozinho, para que descodifiquemo-las, que são hoje vindas em velocidades incríveis. sem 'pauser'. a escrita, a palavra e outras formas para interação, atravessam um período de transformação por causa desse novo 'status' na forma de comunicação visual/oral/escrita/auditiva, e são esses velhos/novos indivíduos manipuladores da palavra, um dia podem ter sido os que se dignaram estarem a frente de uma folha de papel, pegou uma caneta, lápis ou dedilhou num teclado e vomitou suas ideias. sabe, há muito eu venho acompanhando essas expressões várias que se desdobram com o passar do tempo. isso muito me atrai. séculos atrás os menestréis saíam cantando suas poesias pelas ruelas, aqueles de cantos sonoros ganhavam flores, outros tinas d'áqua fria, quando não, urinóis e seus conteúdos. pois, o que será que nos reserva a contemporaneidade?

bom!... um texto necessário a qualquer tempo.

Abílio, aquele abraço bem Carioca. afinal aqui já é Verão.

zésilveira


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 10/11/2010 20:52  Atualizado: 10/11/2010 20:56
 Re: Reflexão sobre a Literatura pós Internet
Matéria que requer,como é óbvio, espaço, tempo e muita reflexão, sim, para que se possa sensatamente opinar.
Desculpar-me-à o meu amigo Abílio se não fizer, aqui e agora, uma reflexão tão extensa e esmerada como a sua, que, antes tudo, considero ser um muito bom exercício literário.
Ater-me-ei, portanto a três questões que entendo dizerem directamente respeito a este espaço em que, diariamente, interagimos.
Primeiro, sobre o impacto da Internet e mais precisamente da WEB na vida moderna, direi que, como é sabido, ainda não é conhecido em toda a sua extensão e amplitude, porque o processo ainda vai no início, mas que já se adivinha revolucionário. Globalmente considero que os resultados serão positivos se traduzirão, globalmente, num acréscimo de consciencialização.
Depois sobre a questão do "plágio" que me parece ser ser usado com sentido um tanto exagerado, no seu texto. Só é lícito dizer que algum autor plagia outro quando copia "ipsis verbis" um texto. Porque as ideias são livres e nós poderemos reinventar ou inventar em simultâneo. Não temos que nos surpreender se a palavra amor for usada milhares de vezes por pessoas distintas.
Quanto à questão do volume de produção ainda bem que tal se verifica, que há autores a postar ininterruptamente textos, porque possuem agilidade metal e criatividade para tanto e o exercitam. Faz bem ao espírito e ao cérebro e criam-se preciosos estímulos de emulação.
Por fim a questão da qualidade. É um tema muito controverso e discutível. Em meu entender um poema não é bom porque se gosta. Tenho os meus critérios que vou expondo nos meus comentário.
Aqui o mal, portanto, deverá colocar-se em meu entender na utilidade daquilo que se produz ou inventa. Na poesia com na física ou em qualquer outra arte.Isto significa que considero em total inutilidade vir para um site de poesia, por exemplo, enviar beijos e abraços, ou envaidecer-se porque seus textos, mal surgem na primeira linha da primeira página já vêem carregados de "hits".

Amigo, desculpe, mas foi mesmo "au voile de oiseax" que dei o meu contributo.

Abraço.


Enviado por Tópico
HelenDeRose
Publicado: 10/11/2010 21:01  Atualizado: 10/11/2010 21:01
Usuário desde: 06/08/2009
Localidade: Sorocaba - SP - Brasil
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 Re: Reflexão sobre a Literatura pós Internet
Gostei do texto. Só quero te dizer que leio vc desde 2007 quando entrei no recanto com o perfil de amada imortal. Toda vez que tenho tempo disponível e encontro algo seu, leio. Gosto muito qdo vc me comenta, pq confio na sua sinceridade. O tempo nos deixa mais seletivos, isso não quer dizer que não lemos autores novos. O momento que vivemos tbm determina nossas escolhas e temas. Isto é uma questão de escolha individual. Quando me canso de um tema procuro outro e assim vou lidando com minhas TPMs femininas rs. Deixe a vida te levar, deixe o tempo fluir, logo sua TPM masculina vai melhor... caso contrário procure um endocrinologista...rs...rs...

bjos do Brasil.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 10/11/2010 21:28  Atualizado: 10/11/2010 21:28
 Re: Reflexão sobre a Literatura pós Internet
Raramente comento qualquer Texto/ Poema, etc...
Mas, este texto, li-o com o maior dos prazeres.

Excelente!

Maria


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 10/11/2010 21:36  Atualizado: 10/11/2010 21:36
 Re: Reflexão sobre a Literatura pós Internet
Amigo Abilio, teu texto é ótimo, elucidativo e questionador. Eu não acredito que se possa escrever bem sem ler muito. A net chegou para ficar e tomar conta do nosso mundo...muitos confundem informações com conhecimentos, acessam a net e já acham que tudo sabem...dados e mais dados superficiais já os satisfazem. Daí gera a pobreza dos textos, a repetição dos temas, pois lhes faltam leituras mais profundas...falo dos livros que amo e que acredito caminham para a extinção...Mas , negar a tecnologia seria uma loucura , ela veio para ficar e dominar - nosso mundo virtual ... Encerro, humildemente com um -
Salve a tecnologia!!! Mas,em contra partida imploro: Salvemos nossos livros!!! bjs Alice


Enviado por Tópico
GeMuniz
Publicado: 11/11/2010 00:08  Atualizado: 11/11/2010 00:10
Membro de honra
Usuário desde: 10/08/2010
Localidade: Brasil
Mensagens: 7283
 Re: Reflexão sobre a Literatura pós Internet
Abílio apreciei muito o seu texto que li com calma. Mas não tenho a menor idéia do que é certo nestes termos e para os seus ótimos argumentos já li uns tantos outros que, de certa forma, refutam os seus, argumentos outros muito sólidos também... O que posso dizer-lhe é que preciso escrever e escrevo. É só isso. Não penso em nada a não ser na escrita em si. A internet para mim é só uma grande facilidade de intercâmbio que aproveito e, então, posto um texto. Se não fosse ela os textos provavelmente seriam os mesmos, só que apenas atulhariam as minhas gavetas e armários... Mas acredito na evolução de qualidade do autor e do leitor a partir de qualquer ponto de comunicação e troca de informações, mesmo sendo este a net com todo seu enxame de textos. Porém imagine quantos puderam ter acesso a bons autores e poetas dos quais jamais saberiam sem a net. Ela é uma faca de dois gumes. Vai do olhar de cada um selecionar e isto se aprende as bases na escola, na educação formal, na orientação... Internet, um instrumento apenas, e dos melhores. É o que acho.

Grato por me brindar com esta possibilidade de reflexão amigo.

abç


Enviado por Tópico
joakencor
Publicado: 11/11/2010 00:36  Atualizado: 11/11/2010 00:36
Da casa!
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Mensagens: 357
 Re: Reflexão sobre a Literatura pós Internet
Abílio,
É complicado isso, literatura. estamos sempre no pré entendimento das coisas e ai o pensamento deixa o sub produto do sub, e a coisa vai literalmente. quanto a mim tô aqui na net só escrevendo, o que me faz bem.
obrigado.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 12/11/2010 18:22  Atualizado: 12/11/2010 18:23
 Re: Reflexão sobre a Literatura pós Internet / Henricabilio
Abílio , a sua reflexão é sem dúvida muito pertinente e aponta os grandes males do tempo presente , diria mesmo que o problema central , de acordo com o que afirma e eu subscrevo , é a abundância ! O excesso ! O volume de informação-em todas as áreas-na Net é tal (uma espiral imparável e asfixiante) que fica quase ímpossível para o SURFISTA destes novos mares escolher a praia mais adequada , a ondulação mais ajustada e sobretudo o momento de se fazer ao mar ! É evidente que deste site , como de todos os sites de poesia , para a posteridade irão restar muito poucos , se é que algum de nós será lembrado daqui por cem ou duzentos anos por os textos que escreveu . Tenho sérias dúvidas sobre o que irá sobrar de literatura para os nossos netos lerem ! Pois várias dezenas de séculos da História da Literatura Portuguesa apenas pariram UM GRANDE e mais uns poucos (não muitos) verdadeiramente bons . O que significa que a Internet abre possibilidades que no passado não existiam , de igual modo também cava dificuldades ! O melhor mesmo é contentar-mo-nos por haver muita gente lendo e escrevendo (bem ou mal não importa desde que não PLAGIEM DESPORADAMENTE como frequentemente por aqui se vê que o fazem) e se ler e escrever dá alguma felicidade a toda esta gente , numa hora em que os motivos de felicidade escasseiam e as dificuldades de (sobre)vivência são enormes , isso já é um ponto positivo , acresce que à força de tanto se ler ou não ler haverá sempre quem aprenda um pouquinho mais esta nossa difícil Língua Portuguesa !

Um grande abraço !

Enviado por Tópico
mariagomes
Publicado: 12/11/2010 18:30  Atualizado: 12/11/2010 18:30
Colaborador
Usuário desde: 18/04/2010
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Mensagens: 1614
 Re: Reflexão sobre a Literatura pós Internet
Olá amigo, eu limito-me a ler, uma vez que ler faz bem, escrever faz melhor acho eu, é a minha maneira de estar aqui, gosto de ler o que escreve, independentemente de concordar com tudo, amo a liberdade e respeito a todos.
beijinhos
mariagomes

Enviado por Tópico
Avozita
Publicado: 12/11/2010 19:15  Atualizado: 12/11/2010 19:15
Colaborador
Usuário desde: 08/07/2009
Localidade: Casal de Cambra - Lisboa
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 Re: Reflexão sobre a Literatura pós Internet
Abilio,
Para alem de ler o seu polémico, ou não,
extensivo texto, li tambem todos os comentários já postados. Concordando com a maioria, mas tambem, discordando de alguns.
Na minha simples opinião, a leitura só faz evoluir e abrir a mente, não há duvida. Mas e os nossos poetas analfabetos, sem internet, sem TV, como escreviam tão bem?! Seria dom? Imaginação pródiga?
Auto plagiar-se acontece aqui e não só, com alguns autores. Estados de espirito permanentes que tocam sempre no mesmo ponto, embora as palavras diferam em cada poema. Algo que os atormenta e não deixa ver mais alem? Por vezes isso acontece comigo. No entanto, desde que entrei neste site, portanto, através da internet, a minha maneira de escrever mudou, já não escrevo apenas o que me afecta diariamente, mas vou muito mais além. Bem ou mal, não me sei avaliar, mas escrevo com prazer.
Como atrás já disseram, tambem eu, fico contente quando vejo um comentario seu, pois considero-o uma pessoa com moral e muitas capacidades de análise critica.
Pensei escrever pouco e já me alonguei, mas valeu a pena o tempo que demorou a escrever este seu texto-reflexão.
Um abraço
Antonieta

Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 13/11/2010 02:54  Atualizado: 13/11/2010 02:54
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
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Mensagens: 18598
 Re: Reflexão sobre a Literatura pós Internet
Acho que fala de amor, amor a palavra. Suas abordagens foram ótimas, em qualquer prisma que se olhe. Gosto muito daqule livro escondido na prateleira e ainda acredito que nada substitui um dobrar de páginas. Tpm, masculina! Isso foi bm demais! Parabéns! Mas de pé...bjs

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 14/11/2010 07:47  Atualizado: 14/11/2010 07:47
 Re: Reflexão sobre a Literatura pós Internet
Ola Abilio.

Li tudinho; uma seca! Mas cheguei ao fim. Agradeço a nota introdutoria, pois sem ela tinha desistindo á segunda linha. Eu cheguei á meta. Prontes! Concordo que o texto está bem escrito, mas as coisas bem escritas e com metro e meio de comprimento chateiam.

Continua assim e perdes clientela. rss


Beijo azul

Enviado por Tópico
Flor_*
Publicado: 14/11/2010 14:35  Atualizado: 12/02/2011 06:24
Da casa!
Usuário desde: 09/02/2010
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Mensagens: 220
 Re: Reflexão sobre a Literatura pós Internet
O mundo virtual ampliou os espaços da literatura, facilitou a publicação de textos literários, os autores interagem-se, buscando melhorias nos textos, ampliam seus conhecimentos poéticos e lançam suas obras em busca de reconhecimento e mérito – e quem não gosta de reconhecimento. Mas também vejo que a literatura é tratada como uma pessoa comum no mundo virtual.
Perdendo às vezes a qualidade e aumentando a quantidade de coisas que não dizem nada.
Concordo com seu ponto de vista, e nada substitui um bom livro. A particularidade, o talento e o empenho pessoal dos autores, mesmo nesse mundo de tecnologia, é válida quando há legítima obras literárias.

Meus cumprimentos

Enviado por Tópico
Nanda
Publicado: 14/11/2010 17:46  Atualizado: 14/11/2010 17:46
Membro de honra
Usuário desde: 14/08/2007
Localidade: Setúbal
Mensagens: 11099
 Re: Reflexão sobre a Literatura pós Internet
Henricabilio,
Como vou com a tua cara e tenho disponibilidade para aquilo que me dá prazer, que é ler e escrever, mea culpa leio e escrevo compulsivamente, apenas tento ser o mais versátil possível, quer no que leio, quer no que escrevo, senão seria "so boring" que nem eu me aguentaria.
Reflexivo Q.B.
Bj
Nanda

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 15/11/2010 23:15  Atualizado: 15/11/2010 23:15
 Re: Reflexão sobre a Literatura pós Internet
Excelente texto querido Poeta!
Eu só te posso dizer que concordo com tudo, absolutamente, tudo! tens razão de A a Z.

beijos meus!

Enviado por Tópico
Morgado
Publicado: 08/05/2011 10:01  Atualizado: 08/05/2011 10:01
Muito Participativo
Usuário desde: 10/03/2010
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 Re: Reflexão sobre a Literatura pós Internet
Henricabilio tenho andado com pouco tempo e pouca disposição para vir ao Luso. Mas o seu comentário aos meus versos fez-me vir ler o seu texto.
E concordo consigo na maior parte do mesmo. Claro que tudo é discutível. Mal seria se assim não fosse.
Às vezes custa assistir a determinados procedimentos e ficamos tristes e quase que desistimos.
Alguns, não aguentam a pressão e desistem mesmo. Não é o meu caso e espero que não seja o seu.
Eu costumo resolver a questão com o pensamento do outro: É a vida!
Mas lá que custa isso é verdade.
Um abraço.