Sigo na direcção do nada.
Sou barco à deriva
num mar revolto
quão revoltos
meus sentimentos.
Sou a junção do desalento.
Fúria do céu
que não me vem buscar.
Nas entranhas
esmiúço pouco a pouco
um porquê não encontrado.
Choro
nesta torrente
de lágrimas secas.
Desfiando
rosários de promessas
em ânsia alucinante
de um anjo vestido de negro.
Quiçá apareça em breve,
levando-me aos braços
de uma vida destronada.
MaRiAmAtEuS