... que eu não me esqueça nunca:
depois do amor, quando a vida
já impôs os rumos da necessidade,
quando o sol já vai alto,
quando tudo, de tão bom,
parecia já tão bem guardado na distância,
como um sonho que se evolou na manhã,
não pode, mas não pode mesmo, faltar a atenção,
o carinho daquele telefonema para interromper
a manhã dela, assim, com jeitinho,
com suavidade,
com um beijo mensageiro...
É neste instante que ela vai se lembrar
com mais força da noite passada,
e vai sentir vontade de repeti-la...
E eu também
— assim tem me mostrado a vida!
[Penas do Desterro, 04 de junho de 2010]